Tem coisas que o dinheiro não compra...

Sempre sonhei em ver a torre Eiffel, conhecer os mares da Noruega, ver as ruínas da Grécia, as pirâmides do Egito, entre outras maravilhas... Mas nunca sonhei em ver os Estados Unidos. É claro que pra mim, enquanto membro dA Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, seria maravilhoso. Mas, na realidade, sempre foi muito mais uma curiosidade do que um sonho, quase uma necessidade.
Pois bem. É exatamente por isso que hoje me peguei fazendo uma coisa completamente inesperada. Estava roendo as unhas, quase morrendo, nervosa [e quem bem me conhece sabe que nervosa eu não abro a boca], à beira do desespero.
Estava pela segunda vez tentando pegar o meu visto para entrar nos Estados Unidos. Prometo que não sou uma imigrante, nem tenho interesses terroristas. Eu só quero ver a minha maninha, que não vejo desde o dia 13 de agosto de 2007.
Naquela espera infinita, pensei no quanto eu adoraria conhecer outros lugares. Pensei até que poderíamos nos encontrar, eu e a irmã, em Paris. Não precisa de visto pra ir pra lá! Não seria adorável???
Pois bem. Espera, longas filas, gente chorando, gente resmungando, sol, chuva, frio, arrogância... e etc! E o que eu descobri foi que o Master Card do papai pode comprar muitas coisas, inclusive uma breve viagem a Paris. Mas nada paga a alegria de encontrar alguém de quem sentimos saudades. Nada, nada, nada.
Estados Unidos? É pra lá que eu vou! Uhuuuul!




[Monk, isso foi uma declaração de amor a você. Acredite! Você sabe como eu odeio filas. ;P]

Vida nos post-its

Todo mundo tem suas manias e esquisitices. Tem gente que gosta de dormir de cobertor no calor, gente que só anda no banco de trás do carro, gente que nem de viajar de carro gosta, gente que separa a comida no prato, gente que morre se deixar portas abertas. Bom, eu tenho uma mania que muita gente também tem, e que quem não tem, um dia ainda vai ter.

Mania de post-its.

Além de serem super coloridos, bonitinhos, e terem uma cola que nunca acaba, os bichinhos são danados de úteis. Lembram a gente o dia da prova, a matéria, a arrumação do guarda-roupa que ficou pra depois, o telefone do encanador, o nome daquele remédio pra memória - o que é uma contradição, pois se tivéssemos memória, não teríamos post-its.

Pois bem, era exatamente aí que eu queria chegar. Como pode um objeto tão simples, tão pequenininho, tão cuticutizinho ter um papel [literalmente] tão grande nas nossas vidas?

Comecei a pensar nisso enquanto via o filme P.S., eu te amo e terminei de pensar nisso enquanto via O Fabuloso Destino de Amelie Poulain (recomendo!).

Nos dois filmes, milagres acontecem através de um papel e uma caneta. Em P.S., eu te amo a moça recebe cartas do falecido marido de maneiras mágicas, e as cartas a ajudam a recuperar-se do baque de ser uma viúva.

Em O Fabuloso Destino de Amelie Poulain, o milagre é ainda melhor. A pobre da Amelie cresceu sozinha com o pai, e não teve amigos. Não sabia se comunicar, morria de vergonha e medo de tudo, até o dia em que achou uma caixa com pertences antigos de um senhor, e descobriu como coisas pequenas podem fazer a diferença. Começa então a fazer caridadezinhas e conhece seu príncipe encantado, com quem se relaciona por meio de fotos, recortes, cartas. E o fim eu não vou contar, claro.

Às vezes temos tanto, mas tanto medo de deixar coisas pequenas realizarem a mudança que precisamos na nossa vida, que esperamos que as grandes aconteçam. Afinal, quando grandes problemas batem à nossa porta, não precisamos mais de coragem, e sim de desespero, pra começar a agir. Aí fica fácil.

É claro que nós, seres do mundo real, não precisamos esperar uma tempestade pra pegar o guarda-chuva. Eu mesma tenho plena noção de tudo o que acontece na minha vida, afinal, é a minha vida. E por mais que seja difícil conciliar todas as coisas, eu ainda prefiro que os post-its e cartas sirvam como lembretes e meios de comunicação, ao invés de um 'toque' de que precisamos aprender a falar e ter coragem de fazer.

Apesar de bonitinha e meiguinha, Amelie não vai ser meu exemplo de vida. E mesmo que me chamem de bravinha e desbocada, vou continuar achando que eu só apenas corajosa. Esse livro quem escreve sou eu, certo?








Amelie, escrevendo um bilhete para seu príncipe desconhecido, sem coragem para encará-lo de frente.





O exército de um homem só

Revolucionar é uma palavra que já está perdendo o sentido.
Desde sempre, as pessoas dizem: "Mostre o que você quer, garota! Seja uma revolucionária!".
Faixas, cartazes, paradas disso e daquilo, camisetas com frases diferentes, um ou dois programas de televisão já não fazem a menor diferença.
Estou lendo um livro chamado 'Story', que ensina aspirantes a cineastas a escrever um roteiro de sucesso. Não há uma fórmula mágica para que o roteiro seja um sucesso, mas existe uma dica repetida diversas vezes, páginas adentro: imite a vida. Faça da vida, por mais miserável que seja, brilhante aos olhos daquele que o assite. Não importa se vamos contar a história de um astro musical, de um mendigo ou de um simples transeunte do metrô fedido de São Paulo - o importante é fazê-lo o melhor, mais sensível e fantástico personagem, com experiências inesquecíveis e momentos marcantes [um mini clímax por cena, diga-se de passagem].
É óbvio que filmes de vilões cheios de efeitos especiais surtem efeito e vendas, mas logo caem no esquecimento. No fim da ditadura militar, não foram passeatas e cartazes que ficaram na memória de jornalistas e historiadores, mas sim a coragem de cada um daqueles que lutavam por um Brasil melhor.
É exaustivo, porém recompensador, encontrar um ponto de equilíbrio entre ser uma revolucionária cheia de efeitos especiais e uma simples Tamara que vive uma história da qual é a personagem principal. Posso gritar, me despir e causar burburinho, mas logo vou cair no esquecimento. E já que é assim, prefiro ficar quietinha - quem sabe um dia alguém não acredita nas minhas certezas, ou percebe que eu posso sim ser uma fantástica personagem?
Basta esperar.









Auto-ajuda?

Incrível é a mania que nós temos de achar que precisamos de motivos ou ocasiões mirabolantes pra alcançar a felicidade. E cabe lembrar que felicidade é constante. Aquela momentânea que se sente no parque de diversões chama-se alegria, ok?
No filme Em Busca da Felicidade, o coitado do Will Smith passa o filme todo tentando achar um jeito de ganhar dinheiro pra comer, mas a felicidade dele não é o bucho cheio. A felicidade é a alegria do filhinho, que ouve até histórias de dinossauros pra conseguir dormir no banheiro do metrô (cena que me fez chorar horrores, diga-se de passagem).
É claro que grandes problemas nos acompanham, estejam eles relacionados ou não a questões financeiras. Isso é algo inegável. A diferença é a visão de problema que cada um de nós tem.
Um problema pode ser um abismo, o fim do mundo. Um problema pode ser uma barreira. Um problema pode ser um simples acontecimento em meio a um grande plano. Um problema pode ser, ainda, uma coisa pra se olhar e dar de ombros.
Para os otimistas como eu, é difícil aceitar a palavra problema. É pesada demais pra ser levada com naturalidade. Ainda prefiro acreditar em imprevistos, acontecimentos indesejados, barreiras a serem transpostas, coisas do tipo... Sem desmerecer a magnitude das coisas, mas sem exagerar demais.
Muitos imprevistos podem derrubar a minha alegria, mas nada, nada vai me impedir de ser feliz. A felicidade que eu tenho dentro de mim não vem desse mundo. Vem lá de cima.

Soluções Tabajara

Uma mosquinha na sopa pode resultar na demissão do chef.
Cílios caídos nos olhos podem prejudicar a visão por alguns minutos, talvez importantes ou preciosos.
Uma fração de segundos pode ser determinante em um acidente de carro.
O vento forte e repentino é capaz de estragar aquela que seria a melhor foto da sua vida.
Estar no lugar errado, na hora errada ou sob circuntâncias erradas pode custar muito caro, isso é fato.



Por isso, hoje a BBC Brasil anunciou: Cientistas estão cada vez mais próximos da capa da invisibilidade. Isso mesmo. Capa da invisibilidade. Assim, que nem no Harry Potter, sabe?





A capa funciona, eles dizem. É capaz de refratar a luz, fazendo com que o objeto que precisa de luz para ser visto, não seja.

Agora, vamos colocar nossas maquininhas pra pensar. Imagine-se em um avião (não no ônibus, porque pobres não comprarão capas da invisibilidade nem em um milhão de anos). Você vê aquela tão sonhada vaga na janela, esperando por você. Levanta-se, caminha pelo corredor olhando para todas aquelas pessoas sérias e emburradas, com um sorriso na mente. Caminha, senta, e... Tcharan! Havia uma pessoa equipada com uma capa de metal bem ali (a esta altura, em baixo de você).

Não acredito que as pessoas queiram tanto sumir, porque eu as tenho visto, e elas parecem querer aparecer cada vez mais! Bem que eu queria, pelo menos de vez em quando, ser invisível. Isso não evitaria que eu estivesse no lugar errado, na hora errada. Mas evitaria que as pessoas soubessem disso.

Porque é bem melhor sumir temporariamente do que ser aquela mosquinha na sopa de alguém, definitivamente.

*Mais informações em http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/bbc/2008/08/11/ult4432u1535.jhtm

E o chique virou cinzeiro...

Estou com os pés doloridos, descabelada, nariz coçando e cheiro de cigarro.
Acabei de voltar de um lugar que já foi definido por uma amiga de confiança como "O lixão da Moóca". Sim, lixão. Por quê? Exatamente pelo cigarro, música [ruim] alta, e 'aquela galera da high society' (se me perdoam a ironia).
Não vejo problema algum em frequentar lugares desse tipo, desde que eu me veja longe de ser como todas aquelas pessoas que não fazem nada de certo ou errado, simplesmente por não se importarem com isso. Porque eu me importo, e muito.
Por muitas e muitas vezes já fui motivo de piada por não beber, não querer nem experimentar cigarros e coisas do gênero, ou simplesmente por não ser 'como todas as outras meninas normais': aquelas que usam calças super baixas, blusas super altas e parecem estar sempre doidas pra levar o primeiro cara que passar pra casa. (Levar pra casa foi uma expressão muito generosa perto do que parece passar pela cabeça dessas meninas normais).
O livro "O Dia do Curinga", de Jostein Gaarder conta a história de um marinheiro que ficou perdido em uma ilha e resolveu conversar com suas cartas de baralho, até que elas tornaram-se pessoas de verdade, cada naipe com suas respectivas habilidades e personalidades. Haviam naquela ilha apenas seis tipos de pessoas: os Ouros, os Espadas, os Copas, os Paus, o marinheiro solitário e o Curinga. Grande Curinga! Ele tinha habilidades especiais: o Curinga não bebia a Bebida Púrpura, capaz de deixar pessoas burras; ele sabia dos segredos do marinheiro, seu criador, e por isso pensava como ninguém sobre sua própria vida e existência; ele era o líder. E que grande líder!
Não acredito que na vida real seja diferente. Há muito mais do que seis grupos de pessoas, é claro. E não me atrevo a defini-los porque isso seria uma tremenda falta de respeito... Mas dois deles existem, de fato. E merecem ser citados. O marinheiro que, não por solidão ou falta do que fazer, mas por amor, é o Criador de todas as coisas. E eu sei que há um Criador. E o Curinga, grande Curinga! É aquele que ouve as palavras do marinheiro e as segue. Assim, torna-se um grande líder e amigo, cheio de inteligência, clareza, e decisões bem tomadas.
Hoje eu decidi quem eu quero ser. Eu quero ser um Curinga.
Aqueles de Ouros, Espadas, Copas ou Paus podem rir de mim à vontade. Mas eu não vou beber nem um gole que seja da bebida púrpura, por melhor que ela seja, seja lá o que ela represente pra vocês, cartinhas medíocres.
Não é possível que todo o bom desse mundo se resuma a sexo, drogas e rock'n roll.
Há muito mais que isso. E eu não vou mais aceitar provocações. Porque eu sou um Curinga, e tenho orgulho disso.

Très bon

Nunca me senti nem um pouco atraída por vidas publicadas na internet, sempre achei a maior besteira do mundo.
Mas de repente, me vi muitíssimo interessada por blogs.
Então, por que não?
Não pretendo escrever aqui textos geniais, porque não sou um gênio. Nem muito menos textos extremamente reveladores, porque também não sou boba. Quero um blog chique, sem barracos e revoltas. Mas ainda assim, quero me sentir muito à vontade pra escrever aqui o que me der na telha.
Quero um blog, assim... meio chique-à-vontade.
E ele será très bon.
 

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